Estudo global ISG Provider Lens™ Mainframes — Services and Solutions 2024 traz análise sobre o mercado de fornecedores de serviços mainframe para o Brasil em quadrante dedicado
No Brasil, as empresas enfrentam o desafio de priorizar a modernização de aplicações e tomar decisões bem fundamentadas sobre os melhores caminhos para as aplicações atualizadas. Elas estão acelerando seus planos para modernizar sua infraestrutura legada, tecnologias e processos, o que resulta em parcerias com provedores de serviços para transformar seus sistemas de negócios principais. É o que revela o estudo global ISG Provider Lens™ Mainframes — Services and Solutions 2024, distribuído pela TGT ISG, que traz um quadrante dedicado ao mercado brasileiro de mainframes.
Em 2023, o mercado de modernização de mainframes no Brasil acelerou, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O relatório indica que este mercado apresenta uma grande oportunidade para fornecedores de software dedicados à automação de refatoração de código para migrar mainframes para a nuvem.
“A pesquisa aborda os serviços de outsourcing e modernização de mainframes e incluiu um quadrante Brasil relativo aos serviços de modernização de aplicações para migração para a nuvem. Esse mercado está em ascensão, puxado por grandes bancos que aceleraram o uso da nuvem. Os fornecedores usam automação com IA para rescrever aplicações, substituindo COBOL e outras linguagens de programação antigas, utilizando linguagem Java, Python, .Net e C#”, comenta Pedro L. Bicudo Maschio, distinguished analyst da ISG e autor do estudo da TGT ISG.
De acordo com o relatório, a abordagem para reengenharia de aplicações e métodos de reescrita tem sido alvo de análise por parte das empresas brasileiras, o que tem levado os fornecedores de tecnologia a incorporarem inovações na modernização de aplicações. Os fornecedores no Brasil estão oferecendo conjuntos de ferramentas integradas proprietárias para apoiar a transformação de aplicações e possibilitar automações nos testes de software, como analytics e machine learning.
“Consultorias brasileiras já anunciaram parceria com os fabricantes dessas ferramentas automatizadas para conversão de código, e esperamos novos anúncios de parcerias nesse ano. Os resultados são surpreendentes e com o devido cuidado as conversões têm tido sucesso em desempenho e causado, principalmente, forte redução de custos”, finaliza o autor.
O relatório cita alguns exemplos de empresas que concluíram a migração de forma bem-sucedida, como a AWS, que oferece o Blu Age para reengenharia e credenciou vários parceiros para apoiar seu conjunto de ferramentas, com algumas aplicações já em produção. A Compass UOL se associou à mLogica, aproveitando sua ferramenta de automação para facilitar a replataforma (migração do sistema para um novo ambiente, realizando algumas mudanças na aplicação) e a reescrita de aplicações. A Avanade e a Accenture possuem um Centro de Excelência em mainframe em parceria com a Microsoft. Já a Google G4 concluiu migrações de mainframe no Brasil. Outros fornecedores, como Astadia, Heirloom, FreeSoft e TSRI, estão atualmente em discussões com empresas no Brasil para possibilitar um uso mais amplo de suas ferramentas.